Investir em estratégias que contribuam para a sustentabilidade do meio ambiente e que reduzam os impactos ambientais das ações e atividades humanas é fundamental. No setor de produção de energia, a busca por alternativas com fontes renováveis é ainda mais urgente. Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), 2020 apresentou o maior crescimento da produção de energias renováveis nas últimas duas décadas. Cerca de 280 gigawatts (GW) a mais de capacidade de produção de energia renovável foram criados no ano passado, quantidade 45% superior ao registrado em 2019. O resultado é impulsionado principalmente pela energia eólica, que deve desacelerar no próximo ano e dar lugar aos recordes da energia solar.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Brasil é considerado uma referência no campo da energia limpa e renovável – a matriz energética do país conta com 48% de fontes renováveis, como eólica, solar e da biomassa, posicionando-o no seleto grupo de vanguarda mundial na ampliação da produção de energia sustentável. A média mundial dos países mais desenvolvidos é de apenas 14% de matriz renovável.
A expectativa é que o cenário brasileiro melhore cada vez mais, já que existe um enorme potencial de produção de energia limpa que ainda não está totalmente aproveitado. Com o surgimento de novas tecnologias e investimentos no setor, o país pode se tornar um grande produtor, consumidor e exportador energético para outros países nesse processo de transição energética mundial.
Entretanto, muitos desafios ainda precisam ser superados. A dependência da fonte hidrelétrica, por exemplo, tem sido reduzida ao longo dos anos, especialmente pelos riscos ocasionados pela escassez hídrica. Há 20 anos, 85% de toda a energia brasileira era de origem hídrica. Hoje, esse percentual está 20% menor. Como a energia eólica e a solar não são contínuas e a biomassa é uma fonte sazonal, que depende dos períodos de safra, a produção de energia elétrica precisa ser complementada com outras fontes, como a geração termelétrica.
A redução das emissões de carbono, responsável pelo efeito estufa que altera o clima do planeta, depende em boa parte da diversificação das matrizes energéticas, além de outros fatores, como a conscientização da população e das indústrias sobre a necessidade de reduzir o consumo de energia elétrica, a importância da reciclagem do lixo e o desenvolvimento de outros tipos de combustível.